No dia 1º de fevereiro, aconteceu a reunião pública “Saúde em Suzano – Avanços e Perspectivas”. A atividade reuniu mais de 500 pessoas, entre trabalhadores da saúde, agentes comunitários do programa saúde da família, usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), lideranças de bairro e conselheiros do Orçamento Participativo (OP).
A reunião começou com um texto sobre flores, jardim, cultivo e cuidado. Na melhor acepção da palavra, o cuidado como ato de carinho, de promoção da saúde, de ampliação da vida.
Em seguida, a Secretária Municipal de Saúde, Célia Cristina Pereira Bortoletto, prestou contas das conquistas dos últimos dois anos e falou de desafios para 2007. No eixo da participação popular são avanços a realização da Conferência Municipal de Saúde e a eleição do atuante Conselho Municipal de Saúde. A criação dos conselhos gestores de unidade de saúde aponta para uma relação diferente entre o usuário e o prestador do serviço de saúde, o que ganha relevância quando suportado num programa de formação para os conselheiros. Por meio desses mecanismos, população, trabalhadores e gestores passam a discutir e construir soluções para os problemas encontrados.
Em cumprimento ao compromisso assumido no OP, o planejamento da Secretaria aponta para a construção e reforma de várias unidades e ampliação do horário de atendimento em outras.
Estar doente exprime a tragédia do viver. Nos coloca diante das nossas fragilidades, nos demonstra os limites do corpo e torna presente a certeza inexorável da morte. Ter saúde é estar pronto para a festa. Quando se está feliz, a cabeça está boa, o corpo pede festa. Assim, o ato de comemorar normalmente implica em comer, beber, cantar, dançar. Cuidar das pessoas é permitir a expansão da vida. Muitos governos em Suzano trabalhavam a saúde pública exclusivamente na perspectiva de curar as doenças, o que não passa de obrigação. Para mim, o desafio de um governo comprometido com o povo é permitir a expansão da vida nas suas mais diversas formas de manifestação.
A saúde pública em Suzano caminha para a consolidação do modelo preventivo, que se antecipa às doenças e promove a saúde das pessoas, superando o antigo modelo centrado na doença. Esse entendimento reorienta o investimento público, uma vez que educação, cultura, esporte, lazer promovem a saúde e, saudável, a pessoa pode, dentre outra coisas, participar do OP e decidir como melhorar ainda mais sua cidade e sua vida. A Praça Cidade das Flores, por exemplo, representa melhoria na qualidade de vida: um espaço público pode ser um “areião” destinado ao estacionamento de carros ou um lugar bonito e agradável onde as pessoas possam se integrar, passear, se encontrar e se divertir.
Desta maneira, qualidade de vida e participação popular, mais do que eixos do governo representam transformações efetivas na vida das pessoas.
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