Orçamento Participativo e a Caravana por Suzano

No último dia 27, o Conselho do OP (CORPO) viveu um domingo bem diferente. Vindos dos  quatro cantos de Suzano, os conselheiros chegavam trazendo expectativas diversas para um dia bem diferente: o CORPO (conselho do OP) estava se dirigindo às 12 regiões para conhecer as 36 prioridades eleitas nas plenárias regionais deliberativas.

Trouxeram na bagagem máquinas fotográficas, papel para anotação e expectativas. A conselheira Bárbara trouxe duas crianças. Para proteger-se do sol, o conselheiro Barroso veio com seu boné do Santos Futebol Clube: ninguém é perfeito! Já o sampaulino Ramon provocava corinthianos, perguntando se o campeonato brasileiro havia sido confundido com a telesena: onde ganha quem faz mais pontos e quem faz menos pontos. Nesse clima fraterno, a Caravana seguiu com a presença do prefeito Marcelo Candido.

Na chegada às regiões, a condução da caravana era assumida pelos conselheiros e conselheiras, que apresentavam as características locais para os demais, discutindo as três prioridades eleitas, que saíram do papel ganhando forma, cor e cheiro. O prefeito Marcelo Candido contribuiu para compor a radiografia, indicando ações executadas nas regiões, questões relativas às regiões do OP, suas relações com o conjunto da cidade, as dinâmicas e os fluxos que se estabelecem à medida em que os investimentos públicos são realizados.

Pela manhã visitamos as regiões Cravo, Hortênsia, Orquídea, Bromélia, Jasmim e Margarida.  Almoçamos no NEESP, também prioridade eleita em plenária, e seguimos para as regiões Girassol, Begônia, Sálvia, Rosa, Crisântemo, encerrando na Região Lírio. No mirante do SESC, último ponto de nossa caravana, a discussão permitiu elaborar melhor os contrastes observados, as desigualdades territoriais, espaciais e sociais da Cidade.

Recuperamos no OP uma dimensão de humanidade, à medida em que as decisões do CORPO podem melhorar as condições de vida e, de alguma maneira, transformar as relações estabelecidas entre as pessoas e as relações que estas estabelecem com os lugares onde moram.

Outro aspecto que muito me chamou a atenção foi o ambiente criado no trajeto. Apesar de tantas desigualdades e conflitos sociais observados no caminho, conselheiros e representantes do governo municipal estavam ali com toda a energia para enfrentá-los. Conscientes dos anos de desgovernos que, infelizmente, conduziram com mão de ferro as decisões na cidade de Suzano, homens e mulheres endossavam ali a decisão política do governo Marcelo Candido em construir a Lei do Orçamento com participação popular. E esse é o OP: um processo de partilha do poder, de construção da democracia livre e autônoma.

Percorremos 125 quilômetros num dia intenso de trabalho. Quero aqui lembrar alguns significados ditos pelos conselheiros quando retornávamos: “união”, “conhecimento”, “aprendizado”, “auto-estima”, “amizade”, “participação”, “integração”, “construção coletiva, que estamos semeando o futuro”, “povo no poder”. E uma frase curiosa que ouvi e que resume bem o dia da cavarana do OP, “nosso dia foi como o Chico Buarque de Hollanda: bonito, criativo e inteligente.”

Só me resta agradecer aos conselheiros e conselheiras do OP pelo maravilhoso dia de domingo e, tornando minhas as palavras de um conselheiro, dizer que todo esse processo é uma demonstração de “amor pela cidade de Suzano”.

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