Denise Fraga é uma estrela de cinema e TV. Às vésperas do segundo turno, ela lembrou que a frase presente na bandeira brasileira tem origem no positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857): “Amor por princípio, ordem por base e progresso por fim”. Ordem e progresso estão na bandeira, amor não está. Sem amor, a bandeira brasileira foi capturada por um falso nacionalismo em favor de uma candidatura em 2018. Virou marca de um governo entreguista e peça de propaganda na tentativa de reeleição em 2022.
Fazendo arminha e carregando a bandeira brasileira, sem amor, o presidente em exercício foi criando um clima de guerra, um clima de nós contra eles. Zombou das vítimas da covid e sucateou o SUS. Estrangulando a ciência, apostou na ignorância; desmontando a educação, apostou na estupidez. Avesso à beleza, calou a cultura, enterrou o cuidado, torturou a polidez, sufocou o carinho e desativou o amor. E quando falta amor, emerge o ódio. Ódio que ele foi estimulando com palavras e gestos violentos. Nosso passado colonial se levantou da catacumba das missões, das capitanias, da casa grande e dos porões da ditadura militar. O bolsonarismo é a expressão contemporânea de um país que naturaliza a violência, o racismo, o sexismo, o machismo, que é truculento e autoritário. A expressão do fascismo.
Em oposição ao ódio está o amor. Amor pela vida que enfrentou a pandemia nos hospitais, nas escolas, nos serviços essenciais. Amor que enfrenta a fome e a miséria, por emprego e vida digna para todos e todas. A brilhante Denise Fraga disse “votar em Lula para garantir o direito de votar novamente em 2026”. Esse desejo de liberdade e democracia enfrentou o fascismo. Um projeto político que nasce na luta popular e caminha com os movimentos sociais, com os trabalhadores e trabalhadoras, que acredita no amor e na cultura, que distribui livros e não distribui armas.
Essa frente democrática representada por Luiz Inácio Lula da Silva vai governar o Brasil reparando injustiças históricas, por direitos trabalhistas, por comida no prato, por saúde e educação, por um Brasil amoroso que respeita nossos povos originário, povos que mantêm a floresta em pé, cuidam do clima e das águas, do cerrado e da biodiversidade. Essas são as bandeiras com amor da frente democrática que tem em Lula sua principal figura. Nas duas falas do presidente eleito ficou nítido que o esforço agora é reconstruir o Brasil, fazer pontes, conversar muito, fazer política no sentido forte da palavra. Um Brasil generoso, inclusivo, sem fome e sem medo, investindo os recursos públicos tendo a vida e os afetos de alegria no centro da ação política. Taí nossa estrela guia.
Na bandeira brasileira são 27 estrelas brancas sobre o fundo azul. Esperamos que o amor seja colocado antes e acima da ordem e do progresso. Brilha a estrela de esperança, uma estrela que orienta a caminhada nesse tempo novo que se abre em flor. Brilha uma estrela.
Ivan Rubens