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O legado de um governo

Acompanhando o noticiário local no Diário de Suzano, um conjunto de boas notícias me levaram a pensar no legado de um governo para sua cidade. Apenas para informar, não leio aquela parcela da imprensa que, escamoteando suas posições políticas e eleitoras, verte pelas páginas seu veneno contra o governo suzanense. Bem, voltemos ao legado. Por exemplo, sediar os mais importantes eventos esportivos do mundo exige vultosos investimentos públicos. E o que fica depois dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo de Futebol para o povo brasileiro?

Inclusive está instalada na Câmara dos Deputados a sub-comissão presidida pelo deputado federal José de Filippi que trata do legado 2014. Discute-se a infraestrutura para práticas esportivas, os equipamentos que servirão às competições, alojamentos, coisas que permanecerão depois dos torneios. É preciso discutir também a dimensão imaterial desse legado como por exemplo a melhoria dos ambientes urbanos e ambientais, a inserção social e a criação de oportunidades, o aproveitamento desses investimentos na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. Estou certo que a realização dos Jogos de 2016 tem, certamente, um efeito transformador para a economia e para a história do Rio de Janeiro.

Guardadas as devidas proporções, pensemos em Suzano. O legado deixado pelo governo Marcelo Candido pode ser analisado em duas dimensões. Na dimensão estrutural podemos listar o Hospital Regional de Suzano, cuja maquete apresentada e as iniciativas para desapropriação do terreno são demonstrações claras do esforço administrativo e da vontade política do governo atual em realiza-lo, para não dizer o apoio do então Presidente Lula e o compromisso do ministro da saúde. O Instituto Federal de Tecnologia - IFESP, a UNIPIAGET, a iluminação pública na cidade inteira, o crescimento de 35% para 70% das ruas com pavimentação asfáltica, a unidade 2 da Santa Casa, o Centro de Especialidades, o Centro de Especialidades Odontológicas, as unidades de saúde, escolas, creches, equipamentos de cultura e por aí vai... Às minhas visitas apresento o restaurante popular, a praça Cidade das Flores e a feira noturna.

Quanto à dimensão imaterial, a queda gradativa do índice de mortalidade infantil em Suzano atingindo em 2010 o menor índice da história. É possível apresentar uma lista interminável de melhorias, mas quero destacar minhas predileções. O projeto Dança e Saúde, o Memória Viva, o Estúdio Público e o projeto Arte Pública. Esse último é para mim, a cereja no bolo das excelentes políticas públicas de cultura oferecidas desde 2005. Circular pela cidade e vê-la ganhando cores, contemplar as cerejeiras em flor na Praça Cidade das Flores, encontrar figuras importantes da nossa cultura popular desenhadas por aí torna os lugares mais alegres e nossa cidade mais bonita. Além de uma contribuição estética, humaniza a cidade, torna-a mais acolhedora, democratiza o acesso do povo à arte.


Precisaria de muitas linhas e vários artigos para listar o legado estrutural, ético e estético do atual governo para esta cidade. Não é o caso. Todavia, essa rápida reflexão nos leva à conclusão irrefutável que o legado deixado por Marcelo Candido para Suzano é extraordinário. A continuidade dessas políticas transformarão nossa cidade num museu a céu aberto.