Eleições 2010 - Parte I
Vivemos tempos de eleições. Em outubro, diante da urna eletrônica, o povo brasileiro escolherá Presidente da República, Governador/a nos 27 estados da federação, Senadores/as, Deputados/as Federais e Deputados/as Estaduais. Bem, para colaborar com os/as (e)leitores/as, vamos colocar o processo de votação na ordem correta.
Primeiro vamos votar no/a Deputado/a Estadual. Cada um de nós escolherá um representante, mas no total serão eleitos 94 deputados à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
O segundo voto será para Deputado Federal. Nesse caso, cada um escolhe um/a representante, mas a Câmara Federal é composta por 513 deputados que representam os interesses do povo do seu estado. Então, o eleitorado paulista será representado por setenta deputados, o limite máximo segundo a legislação, compondo a maior bancada. O limite mínimo são oito deputados representando a população dos estados de menor eleitorado como o Acre por exemplo.
No Senado Federal, diferente da Câmara dos Deputados, a representação é federativa, ou seja, cada Senadora ou Senador representa seu estado. Por isso, são três representantes para cada um dos vinte e seis Estados e do Distrito Federal totalizando 81 senadoras/es. Apenas no Senado o mandato é de oito anos, mas a renovação de quatro em quatro anos alternadamente. Ou seja, em 2006 elegemos o Senador Eduardo Suplicy, e agora em 2010 elegeremos dois. O terceiro e o quarto voto serão para Senadora e Senador.
O quinto voto será para Governador do estado de São Paulo.
E o sexto voto será para escolher Presidente da República.
Seis votos no total. Se considerarmos a quantidade de dígitos por votação mais os ‘confirma’, serão vinte e cinco toques na urna eletrônica, número que pode aumentar em caso de correção ou diminuir se a opção for votar na legenda, por exemplo. Uma dica: anote numa ‘colinha’ os números dos/as candidatos/as e carregue com você.
Bem, mas isso será no dia 3 de outubro. Até lá, é importante pesquisar bem para decidir em quem confiar o voto. Um aspecto importante que deve ser bem analisado é a biografia do/a candidato/a, tanto do ponto de vista da sua vida pública, da sua trajetória política e eleitoral quanto da composição do seu caráter como honestidade, idoneidade, e também sua capacidade de diálogo com a base eleitoral. Isso é importante visto que vivemos numa democracia representativa, o que quer dizer que o/a eleito/a representará milhares de eleitores/as no espaço institucional, ocupará em nosso nome um importante espaço de poder político. Veja também os materiais de campanha, veja o programa eleitoral, pesquise a biografia dos/as candidatos/as, quais compromissos políticos assume, que grupos de interesse representa. Não caia em conversinha fiada e não acredite em propostas vazias.
As informações estão aí. Seja crítico, questione, tire suas dúvidas. Exija compromissos públicos. Converse sobre isso, reflita. Esse é o jeito de exigir mais qualidade dos/as candidatos/as. Afinal, os resultados dessa escolha serão sentidos por todos nós durante os quatro anos do mandato, oito no caso do senado. E, durante o mandato, participe também, organize reuniões de prestação de contas, acompanhe o trabalho do/a eleito/a pela internet e por publicações que os mandatos organizam, embora isso ainda não seja regra.
O período eleitoral é um momento importante na democracia brasileira. Participe.
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